Buscar en este blog

miércoles, 26 de diciembre de 2007

Boi gordo o ano todo

Boi gordo o ano todo

As terras do cerrado que permanecem ociosas durante o período da estiagem já podem ser utilizadas para engordar o gado. Com o sistema Santa Fé, descoberto por acaso, o plantio do capim é feito integrado com a lavoura anual e, após a colheita, fica a pastagem

Texto Verena Glass Fotos Ernesto de Souza

Colheita de milho em área onde o grão foi consorciado com braquiária; em pouco tempo, surgirá um bom pasto para o gado no inverno
Muito em função das especulações sobre o seu potencial de se tornar o grande celeiro de grãos do mundo, bem como um fantástico produtor de bife, o cerrado brasileiro foi a fronteira agrícola que mais se expandiu nas últimas décadas. Em pouco mais de 30 anos, metade desse ecossistema, que ocupa cerca de 2 milhões de quilômetros quadrados — ou 22% do território nacional —, transformou-se em lavouras de soja, milho, arroz, feijão, café, algodão e pastagens, para citar apenas as principais formas de intervenção. Mas, apesar dos milhões de dólares investidos em tecnologia, os resultados produtivos alcançados na prática nem sempre se revelaram tão lucrativos quanto o esperado. "10,7 milhões de hectares são utilizados apenas por pouco mais de quatro meses ao ano, na estação das chuvas, para plantio das culturas anuais de grãos. Só 1 milhão de hectares são aproveitados para o cultivo da safrinha, e apenas 300 mil, irrigados, produzem durante o ano todo", afirma o agrônomo João Kluthcouski, conhecido como João K., pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, de Goiânia, GO. Para ele, levando em conta que o solo do cerrado exige correção sistemática e uma produtividade razoável depende de altos investimentos em tecnologia, muitas vezes ocorre um subaproveitamento desses recursos, o que pode tornar a atividade antieconômica.

O bom ganho de peso do gado termina com as chuvas.
Se o retorno financeiro da agricultura ainda está bem aquém do seu potencial, a pecuária apresenta problemas ainda maiores. Segundo dados da Embrapa, os prejuízos com o chamado "efeito-sanfona", a perda de peso dos animais criados a pasto no período da seca, chegam a cerca de 1 bilhão de dólares por ano. A criação de gado de corte ocupa perto de 75 milhões de hectares de pasto nativo, naturalmente improdutivo e de baixo valor nutritivo, e 50 milhões de pasto formado, dos quais 80% estão degradados. Essa realidade permite uma ocupação média anual, entre pasto nativo e cultivado, de apenas 0,3 u.a. (unidade animal, equivalente a 450 quilos) por hectare. "Na estação chuvosa, o gado até que vai bem, mas na seca os animais chegam a perder 270 gramas de peso vivo por dia", diz João K. Longe de questionar o potencial produtivo do cerrado, no entanto, o que o pesquisador sugere é uma nova forma de aproveitamento das áreas ocupadas. A fórmula desenvolvida por ele e sua equipe para evitar desperdícios e prejuízos, aumentando a lucratividade da exploração desta savana tropical, é simples. Baseia-se na união das duas principais atividades, a agricultura e a pecuária, através do sistema de plantio integrado das culturas com capim para os animais, o chamado sistema Santa Fé.

Feliz acaso

O sistema foi desenvolvido a partir de um desses felizes acasos que muitas vezes precedem as grandes descobertas. Criador de boi e produtor de grãos, o engenheiro Ricardo Merola, dono da Fazenda Santa Fé, no município de Santa Helena de Goiás, GO, há cerca de três anos se viu às voltas com uma infestação de mofo branco, praga que estava ameaçando a sua produção de feijão irrigado. A conselho de João K., antecedendo a leguminosa, Merola plantou milho em consórcio com braquiária, com o propósito de produzir uma boa palhada para a proteção do solo, e, principalmente, aproveitar as propriedades alelopáticas do capim, capazes de inibir fungos de solo como o próprio mofo branco, a rhizothonia e o fuzarium (embora não comprovado cientificamente, o poder alelopático da braquiária tem sido constatado na prática). Como o objetivo era combater a praga, a provável perda da safra de milho não teria importância. Mas, para surpresa geral, ela não sofreu nenhuma alteração, ao mesmo tempo que o capim se desenvolveu vigorosamente. Dessecada para receber o plantio do feijão, a braquiária formou uma grossa camada de palhada, o que, além de solucionar o problema do mofo branco, aumentou consideravelmente a qualidade do grão colhido, limpo de torrões de terra e outras impurezas.

Revolução
Com essa primeira experiência de consórcio, os pesquisadores chegaram a várias conclusões: em primeiro lugar, a braquiária não concorre com o milho; aproveita, sim, parte da adubação destinada ao grão, consumindo o que não é assimilado pela cultura. Por conta de seus poderes alelopáticos e do grande volume de massa verde, que constitui uma barreira física sobre o solo, não só inibe os fungos, como também o crescimento de mato. Destinado à cobertura de solo, forma uma palhada espessa e de lenta degradação, protegendo a área e liberando gradativamente os nutrientes contidos na massa seca. E, se a área não for irrigada nem aproveitada para o plantio de uma segunda cultura, está pronta uma pastagem de excelente qualidade. Enquanto forragem para a alimentação do gado, a única diferença desse capim para o da estação chuvosa, explica João K., é que a produção de massa verde no inverno é um pouco menor, proporcionalmente à queda da temperatura de cada região. A partir desses resultados, João K. e sua equipe, que nos anos 80 desenvolveram o sistema Barreirão (ver Globo Rural nº. 76 fevereiro/92), deram mais um passo no que o pesquisador considera uma revolução no ciclo produtivo do cerrado: a integração lavoura/pecuária. Batizado de Santa Fé em homenagem à fazenda onde nasceu, o novo sistema permite várias formas de aplicação. O agropecuarista que engorda parte do gado em confinamento durante o inverno, como é o caso de Merola, pode colher milho para silagem em dezembro, deixar que a braquiária se desenvolva e fazer três cortes de capim de 45 em 45 dias, também para silagem. Quem prefere a criação de gado a campo colhe o milho para grão em fevereiro e solta o gado nas pastagens de braquiária, que se mantém verde e nutritiva durante todo o período do inverno no primeiro ano. Por fim, o produtor desseca o resto de capim e entra com uma cultura no sistema de plantio direto no início da safra seguinte.

 

domingo, 23 de diciembre de 2007

Estratégias para planejar a atividade de cria

DBO - O Portal de Negócios do Criador

20/12/2007
Estratégias para planejar a atividade de cria
O agrônomo Celso Lacôrte compara a viabilidade da cria para a produção de bezerros e o ciclo completo, variando tamanho de áreas, rebanho e técnicas de reprodução. Colaborou Beatriz Xavier.

Para descrevermos alguns pontos a respeito do planejamento da atividade de cria de animais precisamos primeiramente considerar que dentro desta atividade existem dois grandes segmentos, a cria com a finalidade de venda de bezerros e a cria para realização do ciclo completo dentro da propriedade. Neste artigo iremos fazer uma rápida comparação entre os dois sistemas, uma vez que esta definição influencia diretamente as necessidades de área e a remuneração sobre o capital.

A cria para venda de bezerros tem se mostrado a de menor lucratividade quando comparada a atividade de cria com objetivo de venda de machos e fêmeas para abate, sendo que esta última necessita de uma área inferior à outra, mas exige um planejamento mais elaborado, uma vez que a área destinada às pastagens terá que suportar as vacas com bezerros ao pé, bezerros desmamados, garrotes e bois gordos.

Para facilitar nossa discussão iremos definir como modalidade 1 a cria para venda de bezerros desmamados, que chamaremos de cria, e modalidade 2 a cria para ciclo completo na propriedade, que chamaremos de ciclo completo. Faremos algumas comparações entre as 2 modalidades no que diz respeito ao tamanho das áreas, tamanho do rebanho e técnicas de reprodução.

Área necessária: As necessidades do sistema de cria são maiores considerando um mesmo faturamento como objetivo, principalmente no sistema extensivo onde a lotação média anual é de 0,7 a 0,9 vacas/ha. Ou seja, para produzir 2.000 bezerros/ano considerando uma taxa de desmame de bezerros de 80% deveremos manter 2.500 vacas distribuídas em cerca de 3.500 ha de área útil, já incluindo uma pequena área de pasto para realização da desmama antes da comercialização.

Neste caso teremos uma estimativa de faturamento anual de R$ 770.000,00 com a venda de bezerros e bezerras desmamados. Nesta situação seria possível uma redução de área mediante intensificação, através do emprego do manejo rotacionado e adubação, mas normalmente isso não ocorre devido à dificuldade de suplementação das vacas no período seco e à baixa rentabilidade do sistema.

No caso do ciclo completo, para atingirmos um faturamento semelhante necessitaremos de 1.100 vacas, com uma taxa de desmame de 80% produzindo, portanto, 880 produtos (440 machos e 440 fêmeas) que, após a ocorrência de mortalidades a taxas médias, resultarão num total de 420 fêmeas e 420 machos para venda aos 2 anos. Nesta situação, considerando as mesmas taxas de lotação da modalidade de cria em sistemas extensivos deveremos disponibilizar 1.500 ha para as vacas, 500 ha para manutenção das desmamas e mais 800 ha para engorda dos animais a pasto, totalizando cerca de 2.800 ha de área de pastagens.

No caso do uso de adubação das pastagens apenas nas áreas de recria, e introduzindo a terminação em confinamento, reduziríamos a necessidade total para 2.000 ha de área útil, já incluindo cerca de 30 ha visando a produção de volumoso para o confinamento.

Como se observa pelo tamanho das áreas citadas os investimentos em terra vão variar de acordo com a modalidade escolhida, pois além das pastagens, as fazendas devem dispor da área de preservação permanente e reserva legal.

Tamanho do rebanho: Ainda baseado nos exemplos acima, o rebanho no caso da cria irá variar de 2.500 (vacas solteiras) a 4.625 cabeças (vacas com bezerros ao pé). Para o ciclo completo este rebanho irá variar entre 2.300 e 3.100 cabeças. 

Técnicas de reprodução: Nos dois sistemas é possível trabalhar com monta natural ou inseminação artificial, sendo que é unânime entre os técnicos que se utilize, nos dois casos, uma estação de monta a ser definida de acordo com a época das chuvas e técnicas de manejo.

No caso de grandes rebanhos normalmente as duas técnicas são utilizadas, sendo que no uso da inseminação são formadas equipes de trabalho para cada 1.500 a 2.500 vacas, normalmente formadas por 3 a 4 funcionários, sendo pelo menos 2 inseminadores. A inseminação pode ser realizada pela observação de cio durante a estação de monta ou pelo uso da técnica de IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo), onde as vacas são estimuladas ao cio e inseminadas em lotes praticamente ao mesmo tempo. Nessa situação é muito importante o planejamento dos lotes de acordo com a mão-de-obra disponível e época de nascimento dos bezerros, uma vez que estes ocorrerão de forma muito concentrada.

Gostaríamos de ressaltar que nas duas modalidades pode ser utilizado o cruzamento industrial, sendo que no caso da inseminação artificial as opções de raça são muitas e no caso de monta natural tem crescido a utilização de touros de raças adaptadas ou compostas.

Nutrição: Além dos fatores já citados outro tópico que apresenta grande diferença entre os dois sistemas é a alimentação do rebanho. No caso da cria normalmente são utilizados apenas suplementos minerais de 1 ou 2 tipos, sendo um deles mais concentrado no que diz respeito aos níveis de fósforo e cálcio normalmente utilizados durante a estação de monta.

No caso do ciclo completo, o número de suplementos é bem maior, uma vez que durante a fase de recria e engorda podem ser utilizados a pasto, além da mistura mineral, proteinados de baixo ou de alto consumo e concentrados. Neste sistema em inúmeras fazendas se utiliza também o confinamento para a fase final da engorda tanto de bois como das fêmeas destinadas ao abate.

Abaixo apresentamos um exemplo de programa nutricional:

Observação: Nas células em que são apresentadas 2 opções é utilizada uma ou outra, de acordo com o peso do animal e época prevista para a comercialização. Onde está listado Mineral 90 trata-se de suplemento mineral com 90g de fósforo por kg de produto e onde se lê Proteinado AC trata-se de um proteinado de alto consumo, ou seja, de 2 a 3 g de consumo por Kg de peso vivo.

A definição da capacidade de investimento é o ponto chave para escolha da modalidade de cria, uma vez que tomando por base as áreas e rebanhos exemplificados neste artigo os investimentos necessários são elevados, considerando-se os preços médios de terra e gado nos estados do Sudeste e Centro-Oeste. Desta forma torna-se vital a intensificação para elevar a competitividade do segmento de cria dentro da agropecuária, qualquer que seja a modalidade conduzida.

Mario Celso Lacôrte é agrônomo e sócio da Plano Consultoria Agropecuária. Colaborou Beatriz Dias Corrêa Xavier.  




Endereço da página: http://www.portaldbo.com.br/index.php?pasta=artigos&pagina=index.php&notid=23270


Copyright DBO Editores Associados. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da DBO Editores Associados.

domingo, 4 de noviembre de 2007

Calagem na Superfície em Sistema de Plantio Direto.

ANO XVIII • AGOSTO/2000 • Número 157
Calagem na Superfície em Sistema de Plantio Direto.
    
    Para a correção da acidez do solo no sistema de plantio direto, o calcário é distribuído na superfície sem incorporação. A eficiência da aplicação superficial de calcário em solo sob plantio direto, particularmente na correção do subsolo, é questionada. Resultados de pesquisas realizadas com solos brasileiros indicaram pequeno ou nenhum movimento do calcário além do local de sua aplicação. Entretanto, em outros trabalhos realizados no Brasil e em regiões subtropicais úmidas foram observados aumento de pH e cálcio trocável e redução de alumínio trocável em camadas do subsolo com a aplicação de calcário na superfície.

    Trabalhos recentes têm indicado que a necessidade de calcário no sistema de plantio direto talvez seja menor do que no sistema convencional de preparo. Faltam informações, porém, a respeito da reação do calcário aplicado na superfície do solo e de critérios de recomendação de calagem, com base na análise química do solo, em sistema de plantio direto.

    Material e Métodos O experimento foi realizado no município de Ponta Grossa, PR, em um latossolo vermelho-escuro distrófico de textura média, há quinze anos sob plantio direto. Os tratamentos constaram da aplicação de quatro doses de calcário dolomítico (0; 2; 4 e 6 t/ha), calculadas para elevar a saturação por bases da camada de 0-20 cm de solo a aproximadamente 50%, 70% e 90%. O calcário foi aplicado em julho de 1993, a lanço, na superfície do solo. No verão foram realizados quatro cultivos de soja (1993/94, 1995/96, 1996/97 e 1997/98) e um de milho (1994/95). No inverno foram realizados consórcio de ervilhaca/aveia-preta em 1994, pousio em 1995, cultivo de trigo em 1996 e triticale em 1997.

    As amostras de solo foram coletadas aos 12, 18, 28, 40 e 58 meses após a calagem. As profundidades amostradas foram 0-5, 5-10, 10-20, 20-40 e 40-60 cm. As amostras até a profundidade de 20 cm foram coletadas com trado calador e de 20-60 cm com trado holandês. Os parâmetros analisados foram pH, H++Al3+, Al3+ , Ca2+, Mg2+ e K+.

    Resultados e Discussão O estudo dos resultados de análise química do solo não mostrou interação significativa entre doses de calcário e época de amostragem para pH, acidez potencial (H+Al), Ca+Mg trocáveis e saturação por bases, nas cinco profundidades avaliadas, sugerindo que as modificações nas características químicas do solo foram semelhantes nas diferentes épocas de amostragem.

    A calagem proporcionou não só aumentos significativos no pH, Ca + Mg trocáveis e saturação por bases mas também redução significativa nos teores de H + Al, em todas as profundidades estudadas, inclusive nas de 20-40 e 40-60 cm. Esses resultados mostram claramente os efeitos positivos do calcário aplicado na superfície sobre a correção da acidez do subsolo.

    Embora esse resultado seja discordante de outras pesquisas, diversos mecanismos podem estar envolvidos na correção da acidez de subsolos pela calagem na superfície, em sistema de plantio direto. A formação e a migração de Ca(HCO3)2 e Mg(HCO3)2 em camadas mais profundas de solo constituem uma possível explicação, tendo em vista que, no sistema de plantio direto, a acidez superficial é diminuída por diferentes mecanismos, dentre os quais os resíduos orgânicos desempenham importante papel. A movimentação de Ca + Mg trocáveis do solo e a redução do Al trocável no subsolo também podem estar relacionadas com o mecanismo de lixiviação, por meio da formação de complexos orgânicos solúveis em água presentes nos restos das plantas. Independentemente do mecanismo envolvido, os resultados mostram ser possível evitar a interrupção do plantio direto por causa da acidez do subsolo, mediante a aplicação de calcário na superfície.

    A produção de grãos das culturas em rotação no sistema de plantio direto, dependendo da aplicação de calcário, é mostrada no Quadro 1. A resposta significativa quanto à produção acumulada (Figura 1) foi utilizada para estimativa das doses de máxima eficiência técnica (MET) e máxima eficiência econômica (MEE). A dose calculada para a obtenção da MEE seria a recomendada pelo método de saturação por bases para 65%, em amostra de solo coletada na profundidade de 0-20 cm.

    É interessante lembrar que essa saturação por bases de 65% na camada de 0-20 cm, estimada para a MEE, foi obtida na camada de 0-5 cm. A análise de correlação entre a produção acumulada de grãos e os atributos da fertilidade do solo considerando as diferentes profundidades avaliadas, mostrou a importância, estatisticamente significativa e positiva, do aumento do pH, Ca trocável e saturação por bases e da redução do Al trocável, na profundidade de 0-5 cm, para a produção acumulada de grãos das culturas em rotação no plantio direto. Com base nesses resultados e nos efeitos das doses de calcário sobre os valores de pH em CaCl2 e saturação por bases do solo, pode-se inferir que, de acordo com a dose de máxima eficiência econômica, a calagem na superfície em sistema de plantio direto somente deve ser recomendada para solo com pH em CaCl2 inferior a 5,6 ou saturação por bases inferior a 65%, na camada de 0-5 cm.

Figura 1 - Efeito da aplicação de doses de calcário na superfície sobre a produção acumulada de grãos de culturas em rotação de sistema de plantio direto, no período de 1993 a 1998.
Rotação: soja/milho/soja/trigo/soja/triticale e soja.
Pontos são médias de três repetições.
**Significativo P menor que 0,01


Conclusões
1. O calcário aplicado na superfície apresenta eficiência na correção da acidez de camadas superficiais do solo e do subsolo, aumentando a produção acumulada de grãos de culturas em rotação no sistema de plantio direto.

2. O método da elevação da saturação por bases para 65%, em amostra de solo coletada na profundidade de 0-20 cm, apresenta estimativa adequada para recomendação de calcário na superfície em sistema de plantio direto, mas a calagem superficial somente deve ser recomendada para solo com pH (CaCl2) inferior a 5,6 ou saturação por bases inferior a 65%, na camada de 0-5 cm.

Quadro 1 - Produção de grãos das culturas em rotação no sistema de plantio direto

Calcário Soja
(1993/94)
Milho
(1994/95)
Soja
(1995/96)
Trigo
(1996)
Soja
(1996/97)
Triticale
(1997)
Soja
(1887/98)
Produção
Acumulada
t ha-1 kg ha-1
0 2.620 9.517 3.467 1.365 2.966 1.220 2.049 23.204
2 2.855 9.987 3.378 1.438 2.756 1.620 2.257 24.291
4 3.059 9.873 3.478 1.825 2.897 1.407 2.687 25.226
6 2.960 9.998 3.328 1.572 2.674 1.436 2.312 24.280
Valor F 2,13 0,52 1,21 0,99 2,40 2,26 2,32 9,22*
C.V. (%) 7,8 5,5 3,3 22,7 5,2 13,2 13,0 1,9

*Significativo P menor que 0,05

Observação Manah: Elaboramos esse resumo com base em recente publicação científica, no entanto, cabe-nos lembrar que essas conclusões obtidas são apenas sugestões de alteração da recomendação de calagem em sistema de plantio direto. A mensagem principal que queremos deixar é que profundas mudanças, inclusive de princípios, têm ocorrido após a introdução e consolidação do plantio direto, e para que as melhores soluções sejam encontradas as pesquisas devem ser aprofundadas.
Fonte: Rev. Bras. Ci. Solo, 24:161-169, 2000.

AUTORES
E.F. Caires, D.A. Banzatto & A.F. Fonseca

Assessoria Agronômica



martes, 23 de octubre de 2007

Consórcio de milho com braquiária: produção de forragem e palhada para o plantio direto

Consórcio de milho com braquiária: produção de forragem e palhada para o plantio direto

Carlos Alexandre Costa Crusciol1 & Emerson Borghi2
1
Eng. Agro. Professor Adjunto Departamento de Produção Vegetal – Faculdade de Ciências Agronômicas/UNESP - Caixa Postal 237, CEP 18610-307, Botucatu, SP. E-mail:
crusciol@fca.unesp.br
2 Pós-Graduação em Agricultura, Departamento de Produção Vegetal – Faculdade de Ciências Agronômicas/UNESP - Caixa Postal 237, CEP 18610-307, Botucatu, SP. E-mail: borghi@fca.unesp.br

Recentemente, o interesse pelo cultivo consorciado de plantas produtoras de grãos com forrageiras tropicais em sistema plantio direto tem aumentado significativamente, por parte de técnicos e produtores das regiões caracterizadas com inverno seco. As explicações para esse fato podem ser atribuídas a duas características: 1) a baixa produção de palhada, no período de outono/inverno e inverno/primavera, das espécies utilizadas para adubação verde e cobertura do solo, em razão de condições climáticas desfavoráveis, notadamente baixa disponibilidade hídrica; 2) a alta probabilidade de insucesso das culturas de safrinha, levando muitos agricultores a optarem em não cultivar suas áreas nesse período, permanecendo ociosas durante até sete meses do ano e com baixa cobertura vegetal.

Assim, devido à rápida decomposição da palhada das culturas de verão, especialmente soja, feijão e algodão, a viabilidade e a sustentabilidade do sistema plantio direto tornam-se comprometidas.

Nesse panorama, o cultivo consorciado do milho com braquiária pode ser uma excelente alternativa para solucionar o problema.

No consórcio do milho com braquiária, a forrageira pode ter dupla finalidade, servindo como alimento para a exploração pecuária, a partir do final do verão até início da primavera, e, posteriormente, para formação de palhada no sistema plantio direto. Existe a possibilidade também da utilização da forrageira exclusivamente como planta produtora de palhada, proporcionando cobertura permanente do solo até a semeadura da safra de verão subseqüente.

A forrageira, nesse sistema, pode ser semeada simultaneamente com a cultura produtora de grãos. Para isso, as sementes são misturadas ao adubo e depositadas no compartimento de fertilizante da semeadora, sendo distribuídas na mesma profundidade do adubo. Assim, o mesmo adubo usado na cultura produtora de grãos será utilizado pela forrageira, que, no caso do consórcio com a cultura do milho, apresentará desenvolvimento lento até a colheita dos grãos. Somente após a colheita, a braquiária iniciará seu pleno desenvolvimento e se beneficiará do adubo residual deixado pela cultura anual. Uma outra forma de implantação desse sistema é a semeadura da forrageira no momento da aplicação do fertilizante de cobertura, ambos misturados, podendo ser utilizado até com formulados.

O consórcio do milho com a braquiária é possível graças ao diferencial de tempo e espaço no acúmulo de biomassa entre as espécies. Os resultados de pesquisas envolvendo o cultivo consorciado de milho com Brachiaria brizantha demonstram a viabilidade deste sistema de produção. Em algumas situações, pesquisadores relatam que a presença da forrageira não afetou a produtividade de grãos de milho, porém, em alguns casos, houve necessidade da aplicação de nicosulfuron em subdoses para reduzir o crescimento da forrageira, garantindo pleno desenvolvimento do milho.

A redução do espaçamento entrelinhas de 90 cm para 45 cm não tem refletido em grandes incrementos de produtividade de grãos, sendo mais importante no consórcio à modalidade de cultivo, conforme Figura 1. O cultivo consorciado da braquiária simultaneamente à semeadura do milho na linha + entrelinha acarreta em redução da produtividade de grãos em função da maior competição entre as espécies. Caso o agricultor opte por essa modalidade, haverá a necessidade da aplicação de subdoses de herbicida para reduzir o desenvolvimento da forrageira. Porém, o agricultor pode fazer uso da consorciação na linha ou na entrelinha no momento da semeadura da cultura do milho. Essas modalidades podem proporcionar em alguns casos produtividades maiores que o cultivo tradicional (milho solteiro).

Figura 1: Produtividade de grãos de milho consorciado com Brachiaria brizantha cv. Marandu em diferentes modalidades de cultivo. Fonte: Borghi & Crusciol (2007).

Nessas modalidades (Figura 1) a semeadura da forrageira foi realizada por meio de semeadora adubadora para plantio direto adotando densidade de semeadura da Brachiaria brizantha de 2,5 kg ha-1 de sementes puras viáveis, sendo misturadas ao adubo e acondicionadas no compartimento de fertilizante da semeadora, e distribuídas na profundidade de 8 cm, localizando-se desta forma abaixo da semente de milho.

Neste caso, a quantidade de sementes de braquiária é a mesma das modalidades anteriores, sendo depositada no solo por meio de adubador de disco no momento da adubação de cobertura do milho (Figura 2). Comparando as épocas de consorciação, constata-se resultados mais promissores com o estabelecimento do consórcio das duas espécies, na semeadura simultânea, em relação ao consórcio efetuado por ocasião da adubação de cobertura (Figura 2). Mais uma vez, constata-se que a consorciação, desde que adequadamente implementada, pode incrementar a produtividade de grãos do milho. Esse resultado é frequentemente constatado quando o consórcio é implementado pela primeira vez na área de produção. Contudo, os pesquisadores ainda não conseguiram explicar o porquê da maior produtividade de grãos no cultivo consorciado.

Figura 2: Produtividade de grãos de milho consorciado com Brachiaria brizantha cv. Marandu em diferentes épocas de estabelecimento do consórcio. Fonte: Borghi & Crusciol (dados não publicados).

A técnica de implantação de forrageiras por meio da mistura de sementes com fertilizantes é uma prática antiga, muito empregada na implantação de pastagens, com o uso, principalmente, de fertilizantes fosfatados, visando à utilização do adubo como via de distribuição. Recomendava-se que nas misturas com adubos fosfatados, a semeadura fosse imediata, evitando danos na qualidade fisiológica das sementes.

O conhecimento do tempo em de permanência da mistura das sementes das forrageiras com os mais diversos fertilizantes minerais é suma importância para a expansão desse sistema de produção, uma vez que dependendo da logística da propriedade rural há a necessidade de fazer essa mistura e armazená-las por determinado período para posteriormente serem utilizadas. Os resultados obtidos até o momento, ainda que preliminares, são animadores, possibilitando a mistura de grandes volumes utilizando diferentes fertilizantes (fertilizantes minerais fosfatados, cloreto de potássio e formulado farelado) com sementes de Brachiaria brizantha cv. Marandu para serem utilizadas até 96 horas após a mistura, sem afetar significativamente a germinção da forrageira em condições de solo com umidade adequada (Figuras 3a, 3b, 3c e 3d).

Figura 3: Efeito de fontes e períodos de contato de fertilizantes e germinação de sementes de Brachiaria brizantha cv. Marandu. Fonte: Mateus et al. (2007).

Por segurança, a recomendação quando se utiliza a mistura de fertilizante com Brachiaria brizantha cv. Marandu deve ser de no máximo 48 horas. Esse tempo pode ser considerado adequado para facilitar a logística das propriedades, independente do tamanho, não havendo necessidade de realizar a mistura todos os dias. No entanto, o produtor deve avaliar a umidade do ar, pois os fertilizantes com maior poder de higroscopicidade podem limitar a utilização da mistura em razão da ocorrência de "empedramento".

A pastagem formada após a colheita do milho será de boa qualidade, pois as espécies de braquiárias são amplamente adaptadas e disseminadas nas regiões com inverno seco, ocupando 85% da área com pastagem no cerrado brasileiro. Deve-se ressaltar que as forrageiras tropicais possuem sistema radicular vigoroso e profundo, e elevada tolerância à deficiência hídrica, sendo eficientes na produção de cobertura morta, desenvolvendo-se em condições ambientais em que a maioria das culturas produtoras de grãos e das espécies utilizadas para cobertura do solo, semeadas em outono/inverno e inverno/primavera não apresentaria tal característica.

Em razão dessas características é possível a obtenção de elevada produção de forragens durante o período da seca e com qualidade suficiente para incrementar a produtividade dos rebanhos (Figuras 4 e 5).

Figura 4: Produtividade de massa seca da forragem de Brachiaria brizantha cv. Marandu quando consorciada com milho simultaneamente à semeadura, determinadas em diferentes épocas após a colheita de grãos, no período de outono-primavera dos anos agrícolas de 2002/2003 e 2003/2004.

Figura 5: Valores percentuais de proteína bruta na forragem de Brachiaria brizantha cv. Marandu nos meses de maio (quando ainda consorciada com o milho) e setembro (120 dias após a colheita de grãos). Fonte: Borghi (2004).

A produção de palhada para a semeadura da safra seguinte, após a retirada dos animais da área, tem resultado, na média, em 8.000 a 12.000 kg ha -1 de cobertura morta sobre o solo. A quantidade de palha produzida vai depender da altura de pastejo, do tempo de vedação e das condições climáticas. A grande vantagem da palhada de braquiária é a relação C/N elevada, que mantém o solo coberto até o fechamento da entre linha das culturas, resultando ao final do ciclo da soja, por exemplo, em 4.000 kg ha-1 de palhada.

O cultivo consorciado do milho com braquiária tem refletido diretamente na fertilidade do solo (Figuras 6a, 6b. 6c, 6d e 6e), reduzindo a acidez e aumentando os teores de matéria orgânica, fósforo, potássio, cálcio e magnésio, com reflexo direto na CTC (capacidade de troca catiônica) e na saturação por bases (V%), quando comparado às áreas sob sistema plantio direto com cultivo exclusivo de milho no verão e pousio no período de outono/inverno/primavera, ou milho/aveia. Esses resultados são decorrentes do grande aporte de palhada somado ao grande volume de raízes em profundidade proporcionados pelas braquiárias e evidenciam o fato das espécies forrageiras serem mais eficientes no aproveitamento do P do solo do que as culturas anuais.

Figura 6: Alterações na fertilidade do solo após dois anos de cultivo consorciado de milho com Bachiaria brizantha cv. Marandu. (a) pH; (b) matéria orgânica; (c) fósforo; (d) potássio; (e) saturação por bases. Fonte: Crusciol et al. (2006).

Na literatura há relatos de menor adsorção de P em solos cultivados com forrageiras em relação aos cultivos com culturas anuais de grãos. Isso é decorrente da oxidação de grande parte da matéria orgânica, liberando os sítios de adsorção dos óxidos. Assim, quanto maiores os teores de matéria orgânica, maior é a redução da adsorção de P. O aumento do teor de K trocável no solo pode ser explicado pela grande capacidade de absorção e acúmulo de K que as braquiárias possuem, reciclando o nutriente. Assim, a presença da forrageira na área no período de outono/inverno/primavera, na forma de pastagem, proporcionou grande reciclagem do nutriente, incrementando os teores nas camadas superficiais, mediante a decomposição do material orgânico remanescente na área, após sua dessecação.

Também tem sido constatado efeito na qualidade física do solo, com amento da porosidade do solo e do armazenamento de água e diminuição da densidade do solo.

Assim, o cultivo de Brachiaria semeada em consórcio com o milho na linha de semeadura, tem promovido melhorias nas qualidades físicas e físico-hídricas do solo em profundidade, provavelmente em decorrência do grande aporte de matéria seca radicular no perfil do solo por essa forrageira perene. Em camadas mais superficiais, como de 0 a 20 cm, o cultivo de Brachiaria não surte tanto efeito na melhoria da qualidade estrutural do solo, devido, provavelmente, à grande colonização das raízes de milho nessa profundidade (Tab. 1 e Figuras 7a e 7b).

Tabela 1. Valores médios de densidade do solo (Ds), resistência à penetração (RP), macro, micro e porosidade total, das amostras coletadas no centro das camadas de 0 a 20 e 20 a 40 cm de profundidade. Fonte: Crusciol et al. (2007).

(1) RP = Resistência mecânica do solo à penetração com água retida na tensão de 0,01 MPa.

Figura 7. Variação do Intervalo Hídrico Ótimo nos dois sistemas de manejo (milho solteiro e MBL – milho consorciado com Brachiaria na linha de semeadura) nas camadas de 0 a 20 cm (A) e 20 a 40 cm (B) de profundidade. Fonte: Crusciol et al. (2007).

Referências bibliográficas

BORGHI, E.; CRUSCIOL, C. A. C. Produtividade de milho, espaçamento e modalidade de consorciação com Brachiaria brizantha no sistema plantio direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 42, n. 2, 163-171, fev. 2007.

BORGHI, E. Integração agricultura-pecuária do milho consorciado com Brachiaria brizantha em sistema de plantio direto. 2004. 102f. Dissertação (Mestrado em Agronomia/Energia na Agricultura)–Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista, Botucatu.

CRUSCIOL, C. A. C.; BORGHI, E.; GUARAGNA, J. G.. Alterações na Fertilidade do Solo após Dois Anos de Integração Agricultura – Pecuária. In: XXVII REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO (FERTBIO). Bonito, 2006. Resumos... Bonito: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2006. (CD-ROM).

CRUSCIOL, C. A. C.; CALONEGO, J.C.; BORGHI, E. Atributos físicos e físico-hídricos do solo com o cultivo de milho solteiro ou consorciado com braquiária. In: XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO. Gramado, 2007. Resumos... Gramado: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2007. (CD-ROM).

MATEUS, G. P.; BORGHI, E.; MARQUES, R. R.; VILLAS BÔAS, R. L.; CRUSCIOL, C. A. C. Efeito de fontes e períodos de contato de fertilizantes em sementes de Brachiaria brizantha. Revista Brasileira de Ciência do Solo , Viçosa, v. 31, p. 177-183, 2007.

Revista Plantio Direto, edição 100, julho/agosto de 2007. Aldeia Norte Editora, Passo Fundo, RS.

Este artigo está na versão completa.

domingo, 30 de septiembre de 2007

Análisis de costos de maíz y sorgo con destino a ensilaje de planta entera (Uruguay)

Análisis de costos de maíz y sorgo con destino a ensilaje de planta entera

Por el ingeniero agrónomo Luis Martínez, asesor de empresas lecheras y responsable de Desarrollo de Semillas Agritec

La valorización del recurso tierra a través de un incremento en el valor de transacción y, como consecuencia, un incremento en el costo de las rentas, ha impulsando durante estos últimos años un cambio trascendente en los diferentes esquemas productivos.

La intensificación productiva se constituye en el común denominador de la gran mayoría de las empresas lecheras que han visto restringido, en este escenario, su potencial de expansión en superficie y recurren al aumento de productividad como forma de aumentar sus ingresos. Esta intensificación, asociada a una mayor carga animal, hace que la disponibilidad de reservas, ya sea mediante la confección de fardos y/o ensilajes, juegue un papel preponderante a la hora de planificar nuestros sistemas de producción.

 

En este escenario se hace imprescindible, entonces, disponer de la mayor cantidad de reservas que se pueda producir por unidad de superficie a un costo competitivo con el objetivo de sostener una mayor carga y, con ello, lograr una mayor productividad por hectárea. La disponibilidad de fibra efectiva nos va a permitir no sólo mantener y sostener la producción del ganado lechero en los momentos de escasez de pasto, sin dudas el alimento más barato, sino que al mismo tiempo nos va a permitir suministrar altas cantidades de suplementos que aseguren una mayor productividad individual.

Cuadro 1: Maíz Convencional para Silo
Labores
US$
Unidades
Total
Pulverizadora
5,00
4
20
F.Pendular
5,00
2
10
Excéntrica
15,00
2
30
Cincel
15,00
2
30
Disquera
10,00
1
10
Rastra
3,00
2
6
Siembra
20,00
1
20
Ensiladora
100,00
1
100
Gas-Oil
1,11
128
142
Sub-total:
-
-
368
Fertilizante
US$
Unidades
-
18-46/46
0,58
150
87
Urea
0,50
160
80
Sub-total:
-
-
167
Herbicidas
US$
Unidades
-
Glifosato
3,0
4,0
12
Graminicida
5,00
2,00
10
Atrazina
5,00
1,70
9
Sub-total:
-
-
31
Insecticidas
US$
Unidades
-
Insecticida
6,0
0,15
1
Insecticida
80,0
0,15
12
Sub-total
-
-
13
Semilla
US$
Unidades
-
Maíz
35,0
1,0
35
Curasemilla
40,0
0,125
5
Sub-total:
-
-
40
Costo (US$/Ha)
-
-
618
Costo MV según Rendimiento
ton MV/ha
-
-
US$/ton
25
-
-
25
30
-
-
21
35
-
-
18

 

Los actuales niveles de precios permiten pensar en altos niveles de suplementación, ya sea en concentrados energéticos y/o proteicos, y para ello es imprescindible contar con fibra efectiva. Es por eso que a la hora de planificar la siembra de cultivos de verano para hacer silo, una de las fuentes de fibra más importantes, es bueno tener en cuenta los costos de las opciones disponibles.

 

El maíz y el sorgo son los dos cultivos destinados a la producción de silo y, lógicamente, tienen exigencias diferentes. El primero es un cultivo más exigente y de mayor costo. Una hectárea de maíz sembrada con laboreo convencional, incluyendo los costos de ensilaje, oscila en el eje de los US$ 618/ha (Cuadro 1). Con una productividad de 25 ton/ha de Materia Verde (MV) tenemos un costo de aproximadamente US$ 75/ton de Materia Seca (MS), asumiendo un contenido de 30% MS, en tanto que una productividad de 35 ton/ha de MV nos da un costo cercano a los US$ 50/ton de MS, 34% más barato. Esto determina que a la hora de seleccionar las áreas para sembrar maíz es muy importante tener en consideración que el rendimiento final es determinante de nuestro costo por tonelada de MS de silo. Por consiguiente, si las características de la chacra, la tecnología a utilizar o las condiciones climáticas previstas para la temporada del cultivo no son las adecuadas como para asegurar altos rendimientos por hectárea, entonces es preferible manejar otras opciones.

 

Cuadro 2: Sorgo Siembra Directa para Silo
Labores
US$
Unidades
Total
Pulverizadora
5,0
4
20
F. Pendular
5,0
1
5
Siembra
20,0
1
20
Ensiladora
110,0
1
110
Gas-Oil
1,11
59
65
Sub-total:
-
-
220
Fertilizante
US$
Unidades
-
18-46/46-0
0,580
120
70
Urea
0,500
100
50
Sub-total:
-
-
120
Herbicidas
US$
Unidades
-
Glifosato
3,0
8,0
24
Atrazina
5,0
2,0
10
Graminicida
8,0
1,0
8
Sub-total:
-
-
42
Semilla
US$
Unidades
-
Sorgo
3,0
12
36
Curasemilla
150
0,03
5
Sub-total:
-
-
41
Costo (US$/Ha)
-
-
422
Costo MV según Rendimiento
ton MV/ha
-
-
US$/ton
25
-
-
17
30
-
-
14
40
-
-
10,55

 

En esta situación surge el cultivo de sorgo como una alternativa más que interesante, con un costo por hectárea que se ubica 30% por debajo del maíz si hablamos de un sorgo sembrado en convencional, 459 US$/ha (Cuadro 3), y 46% más barato si hablamos de un cultivo de sorgo en siembra directa, 422 US$/ha (Cuadro 2), siempre incluyendo el costo del ensilado propiamente dicho.

 

Si a esto le agregamos que el sorgo tiene una mayor tolerancia a la sequía, podemos pensar en productividades más estables y levemente superiores, según los híbridos que utilicemos. De todas maneras, y a igual productividad por unidad de superficie, si comparamos los costos resultantes tenemos que la tonelada de MS de silo de maíz es 46% más cara comparada con la de sorgo en siembra directa, y 35% si hablamos de sorgo sembrado en convencional.

Si a este análisis le agregamos la actual disponibilidad de los sorgos BMR, que además de las reconocidas ventajas en lo que refiere a calidad y aceptación por parte del ganado lechero logran productividades que en muchos casos se acercan a las 40 ton/ha de Materia verde, es decir factiblemente mayor al del maíz, lo que da un costo de US$ 32/ton de MS, si hablamos de siembra directa, y de US$ 35/ton de MS si nos referimos a laboreo convencional. Esto es un 67% y 54% más barato por tonelada que el maíz respectivamente si tomamos como referencia para el caso del maíz una productividad de 35 ton/ha de MV.

Si bien es cierto que un buen maíz, con una buena proporción de grano en el total de la materia seca ensilada, tiene valores nutricionales superiores al sorgo, las diferencias a favor de este último son importantes y permiten asegurar las reservas y disponer de los recursos ahorrados para volcarlos en la alimentación del ganado, como concentrados energéticos y/o proteicos. 

No obstante, si las condiciones climáticas determinan un fuerte estrés hídrico que comprometa la producción de grano y el aporte de este componente a la materia seca del silo, la calidad del silo de maíz se deteriora en forma marcada, además del sobre costo que ocasiona una baja productividad por hectárea.

Cuadro 3: Sorgo Convencional para Silo
Labores
US$
Unidades
Total
Pulverizadora
5,00
2
10
F.Pendular
5,00
1
5
Excéntrica
15,00
1
15
Cincel
15,00
0
0
Disquera
10,00
1
10
Rastra
3,60
2
7
Siembra
20,00
1
20
Ensiladora
100,00
1
100
Gas-Oil
1,11
98
109
Sub-total:
-
-
276
Fertilizante
US$
Unidades
-
18-46/46
0,580
120
70
Urea
0,500
100
50
Sub-total:
-
-
120
Herbicidas
US$
Unidades
-
Glifosato
3,0
4,0
12
Atrazina
5,0
2,0
10
Graminicida
8,0
1,0
8
Sub-total:
-
-
30
Semilla
US$
Unidades
-
Sorgo
3,0
10
30
Curasemilla
150
0,03
4
Sub-total:
-
-
34
Costo (US$/Ha)
-
-
459
Costo MV según Rendimiento
ton MV/ha
-
-
US$/ton
25
-
-
18
30
-
-
15
40
-
-
11,48

 

Lógicamente este análisis no pretende inclinar la balanza por uno u otro cultivo, sino brindar herramientas que permitan diseñar sistemas mejor adaptados a las condiciones de producción y, tal vez, elegir una u otra opción en función de éstas o bien hacer una combinación de ambos cultivos que nos asegure más estabilidad y potencial de producción. Cada uno debería hacer una minuciosa caracterización del sistema de producción que gerencia y optar por el cultivo o la combinación de cultivos que mejor se adapte a sus objetivos. Aquellos que son buenos productores maiceros sin dudas encontrarán en ese cultivo una excelente herramienta, pero aquellos que por sus suelos o por sus habilidades como productores no quieran arriesgar en un cultivo de maíz tienen en el sorgo varias alternativas muy interesantes para el tambo.

miércoles, 26 de septiembre de 2007

Mistura de sementes de capim-braquiarão com adubo.........

[26/02/2007]
Mistura de sementes de capim-braquiarão com adubo no sistema integração lavoura x pecuária
 
 
Marco Antonio Alvares Balsalobre
B&N Consultoria e Bellman Nutrição Animal 

Patrícia Menezes Santos
Pesquisadora da EMBRAPA Pecuária Sudeste

 

O interesse pelos sistemas de integração lavoura x pecuária tem aumentado nos últimos anos. Uma das práticas adotadas neste sistema é a semeadura do capim juntamente com o adubo de plantio de uma cultura anual como, por exemplo, o milho e o sorgo.

A mistura da semente do capim com o adubo de plantio da cultura anual facilita a operação de semeadura, porém pode prejudicar a germinação das sementes devido ao efeito de salinidade do adubo. O aumento da concentração de sais na solução do solo altera o seu potencial osmótico e dificulta a absorção de água pelas sementes e plantas. A Tabela 1 mostra o índice salino de alguns fertilizante. É importante ressaltar que o cloreto de potássio, fertilizante normalmente utilizado para plantio de culturas anuais, apresenta índice salino bastante elevado (116).

Tabela 1. Índice salino de adubos, relativo ao nitrato de sódio (índice 100)

 


Fonte: Rader et al. (1943), citado por Raij (1991).

Oliveira et al. (1996), citados por Kluthcouski (2003), estudaram o efeito do tempo de armazenamento da mistura de adubo e semente de capim-braquiarão sobre a germinação das sementes (Tabela 2). Neste experimento, foram utilizadas sementes de capim-braquiarão com valor cultural de 40,3% (51,7% de pureza física e 78% de germinação) e a mistura comercial 4-30-16 com FTE e sulfato de zinco.

Tabela 2. Número de plantas emergidas e massa seca de capim-braquiarão, em função do tempo de armazenamento após a mistura da semente com o adubo.

 


Fonte: Oliveira et al. (1996), citados por Kluthcouski (2003).

Os resultados apresentados na Tabela 2 mostram que a colocação da semente de capim-braquiarão junto ao adubo 4-30-16 reduz em cerca de 10% o número de plantas germinadas e que a porcentagem de germinação das sementes armazenadas juntamente com o adubo pode ser reduzida em até mais de 75% (períodos acima de 14 dias). Os autores observaram ainda que, nas parcelas sem adubo, a germinação das sementes ocorreu com atraso de 17 dias. A partir destes resultados, Kluthcouski (2003) concluíram que a semente de capim-braquiarão pode ser mistura ao adubo de plantio da cultura anual, desde que a mistura seja imediatamente incorporada ao solo e não permaneça armazenada por mais de 24 horas.

Comentários: A colocação da semente de capim-braquiarão junto ao adubo de plantio de culturas anuais reduz a germinação da semente. Em áreas de integração lavoura x pecuária, esta prática tem sido recomendada para facilitar a operação de plantio, desde que as sementes só sejam misturas ao adubo no momento da semeadura. Nestes casos, uma opção para contornar o efeito negativo do adubo é elevar a taxa de semeadura do capim. Em áreas onde a gramínea forrageira é plantada sozinha, é comum misturar a semente do capim com superfosfato. Como o índice salino destes fertilizantes é mais baixo, os efeitos negativos sobre a semente são menores. Ainda assim, a mistura da semente com o adubo só deve ser feita no momento do plantio.

  AVALIAÇÃO » O que você achou desse artigo?
   

 

« anterior | próxima »

Cartas do leitor
[27/02/2007]
José de Assis Belisário
Vitória - Espírito Santo
Centro Universitário Vila Velha - UVV - Professor Universitário - Bovinocultura de Corte, Forragicultura


Artigo descrito de forma objetiva e esclarecedora para quem pretende economizar, principalmente, mão de obra em operações de plantio de gramíneas na implantação de pastagens.

Parabéns aos autores!


[01/08/2007]
Gustavo Soares Almeida
Curitiba - Paraná - Estudante


Muito interessante o trabalho feito. Gostaria apenas de comentar que seria ainda mais interessante se tivesse um tratamento com adubo e profundidade de semadura de 3 cm, uma vez que pode-se observar que a diferença de profundidade de semeadura interfere na germinação.


[06/09/2007]
Israel Domingues Guimarães Junior
Araguaína - Tocantins - Produção de gado de corte
Universidade Federal Do Tocantins - estudante


Sou estagiário do Dr. João Kluthcouski, e gostei muito da materia, por acreditar que o futuro da pecuária brasileira encontra-se na integração lavoura-pecuária.

lunes, 24 de septiembre de 2007

Nutrição e Adubação do Milho (Maiz)

Fernando, revise este material sobre Maiz, es de DEKALB, Brasil y es de bastante valor, sobre abonamiento para maxima productividad.
 
Alberto

DEKALB: Multiplantio

Multiplantio

Soluções Integradas para você desafiar os limites da produtividade.

Um programa que analisa todas as etapas do processo de produção, buscando a máxima qualidade em cada uma delas. Tudo para que os híbridos Dekalb possam lhe oferecer a melhor performance dentro do seu ambiente de plantio. Esse é o maior desafio do "PROGRAMA DEKALB MULTIPLANTIO".

No Plantio Direto o milho desempenha relevante papel para o equilíbrio do sistema de rotação de culturas proposto em cada região, tanto como fornecedor de palha quanto como fonte de rendimento pela produção de grãos ou de silagem.

Com esse enfoque, a Dekalb reforça pontos importantes para o sucesso dos seus híbridos, principalmente nas etapas que antecedem o plantio e o início do estabelecimento da cultura. Fases fundamentais para se atingir o ponto de colheita com a quantidade adequada de plantas e, conseqüentemente, com o número de espigas desejadas para que o híbrido possa expressar todo o seu potencial produtivo.

Manejo de Cobertura

Hoje o Plantio Direto está difundido nas mais diversas regiões do país, desenvolvido sobre diferentes tipos de palha ou cobertura. Manejá-las adequadamente é um dos pontos fundamentais para a qualidade da implantação da cultura do milho.

No Sul, durante o verão, a cobertura predominante é a aveia, seguida de ervilhaca, azevém e nabo, podendo também ocorrer plantios sobre outros cereais de inverno, áreas em pousio, etc. Na Safrinha, a maior parte do plantio ocorre sobre a soja.

Nas áreas tropicalizadas, Sudoeste e Cerrado, o milheto ganha destaque como cobertura, porém, podem ocorrer outras alternativas, como: aveia, pé-de-galinha ou plantio sobre cereais de inverno como o trigo. Na Safrinha, assim como na região Sul, a maior parte do plantio ocorre sobre a soja.

A época de realização do manejo, período que antecede o plantio, tem papel fundamental para o sucesso do sistema, além de interferir diretamente na qualidade do estabelecimento inicial da cultura. Por isso, devemos considerar:

  • Estágio da cobertura: a aveia e os cereais de inverno podem rebrotar se manejados antes da fase leitosa, ou mesmo "sementear", se tardiamente manejados. Já em coberturas como ervilhaca, nabo, tremoço e serradela, deve-se evitar a frutificação.
    Na integração com a pecuária, é importante que se observe um período para o rebrote da espécie utilizada para que o manejo ganhe eficiência.
  • Tempo de decomposição da cobertura: as condições do ambiente associadas à relação carbono-nitrogênio das coberturas, interferem na velocidade da decomposição da palha. Enquanto coberturas por exemplo, como aveia, azevém, cereais de inverno, milheto, apresentam relação carbono-nitrogênio superior a 40, coberturas como ervilhaca, nabo, tremoço, entre outros, são materiais pouco lignificados, estabelecendo relação inferior a 15. Com isso, nas mesmas condições de ambiente, o tempo de decomposição das gramíneas em geral é maior que de outras coberturas. Isso interfere diretamente no tempo de cobertura efetiva que se tem sobre o solo, bem como na adequação do manejo para a obtenção de melhor qualidade de plantio e eficiência da plantadeira.
  • Efeito alelopático: quando em fase ativa de metabolismo, as coberturas podem liberar substâncias que afetam diretamente a germinação, a emergência e o estabelecimento da cultura do milho.
  • Competição por nutrientes: durante o processo de decomposição, ocorre forte demanda por nutrientes, principalmente nitrogênio. Assim, é necessário observar a época adequada para o manejo, evitando-se que haja concorrência por nutrientes entre a cobertura em plena decomposição e a cultura do milho que está na fase inicial de estabelecimento.

    O programa de fertilização não deve considerar apenas esses aspectos, mas também o processo de reciclagem de nutrientes, de acordo com as diferentes coberturas.

Manejo X Produtividade

  • Controle de plantas daninhas: é reconhecido que o efeito supressivo da cobertura sobre as sementes de diferentes plantas daninhas tem papel importante na prevenção da competição e na eficácia dos herbicidas utilizados para o seu controle. Nessa fase, além da palha, o manejo correto desempenha papel fundamental.
  • No Sul, onde as temperaturas são mais baixas nas épocas de dessecação¹, a Dekalb recomenda o manejo com Roundup Transorb entre 14 e 30 dias antes do plantio, variando de acordo com o tipo de cobertura e a região. Uma aplicação complementar próxima ao plantio é a alternativa nos casos em que houver novo fluxo de germinação de plantas daninhas.
  • A aplicação do herbicida pré-emergente Boxer (2) no plantio permite um desenvolvimento inicial da cultura no limpo.
  • Para a região Centro-Norte recomenda-se a dessecação (1) com Roundup WG, para um melhor resultado em folhas largas e estreitas, conforme recomendação da bula. Ou ainda a dessecação¹ com Roundup Transorb, para se obter mais resultados em menos tempo, inclusive nas situações adversas.
  • Controle de pragas na cobertura: muitas são as pragas presentes nas coberturas que podem afetar a germinação e as plântulas de milho na sua fase inicial. São exemplos muito comuns a lagarta da aveia (Pseudaletia spp), a broca do azevém (Listronotus bonariensis), a lagarta dos capinzais, as cigarrinhas nas áreas de pastagens, além de percevejos, gafanhotos, entre outras.
  • A presença dessas pragas afeta, principalmente, a população de plantas, reduzindo significativamente seu potencial produtivo. O uso de Pounce 384 CE (3) na dessecação (1) desempenha papel importante no controle de pragas, favorecendo o estabelecimento da lavoura.
  • Qualidade do plantio: é sem dúvida um dos fatores que mais afetam o rendimento da cultura. A boa regulagem da plantadeira, atentando para itens como profundidade e colocação adequada do adubo e da semente, a eficiência do disco de corte em função do tipo e quantidade de palha, e a distribuição adequada das sementes, são fundamentais para o estabelecimento inicial da cultura e a definição do seu potencial produtivo. Para que a quantidade e a qualidade na distribuição das sementes sejam as mais perfeitas possível, deve-se atentar para a escolha do disco de plantio sempre com boa antecedência. A velocidade também pode prejudicar a distribuição e colocação adequada da semente. Por isso, recomendamos o plantio com a velocidade entre 5 e 6 km/hora.
  • Programação de híbridos: o PROGRAMA DEKALB MULTIPLANTIO oferece a melhor alternativa para você desafiar todos os limites na hora de produzir, levando em consideração as características dos híbridos, condições do ambiente de plantio, distribuição das chuvas, temperaturas, ocorrências de geadas, presença de doenças, época de plantio, manejo utilizado, finalidade de uso da cultura, entre outros fatores. Procure orientação correta para a programação dos híbridos Dekalb. Sem dúvida, você encontrará a melhor opção para atender a todas as suas expectativas e desafios.
  • Controle de pragas da cultura: muitas pragas podem atacar as plântulas e as sementes, como, por exemplo, a lagarta rosca, a lagarta elasmo, a larva arame, a larva alfinete, os percevejos, e por isso merecem atenção especial. Para o controle eficiente, deve-se definir a praga "alvo", já que os inseticidas disponíveis apresentam eficiência para uma determinada praga, sem conseguir, ao mesmo tempo, controle adequado de outra. Também merece destaque o controle da lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda). Muitas são as citações de ocorrência da sua resistência a inseticidas. Assim, a rotação de produtos com diferentes composições e mecanismos de ação deve ser considerada. O Pounce 384 CE (3) utilizado na dessecação (1) pode ajudar no controle inicial. É importante que na pós-emergência seja usado um outro produto com diferente princípio ativo e mecanismo de ação, como, por exemplo, um inseticida fisiológico. Em situações favoráveis à praga, mais de uma pulverização deve ser considerada.

Etapas do Programa Dekalb

Veja o diagrama a seguir, com as principais etapas do PROGRAMA DEKALB MULTIPLANTIO. Consulte sempre seu engenheiro agrônomo, o departamento técnico da sua cooperativa, de seu revendedor ou da Dekalb pelo telefone:
0800-156399

Observação:

(1) Aplicação em pré-plantio.

(2) O herbicida Boxer é um produto agrícola (classe toxicológica
I – Extremamente Tóxico).

(3) O inseticida Pounce 384 CE é um produto agrícola (classe
toxicológica II – Altamente Tóxico).

  • Modernidade, eficiência e tranqüilidade no combate às folhas largas. Sempre com o melhor resultado.
  • Roundup WG contém um surfactante exclusivo que promove um aumento na superfície de contato da gota do produto na folha. Além disso, o sal de amônio, presente na composição, aumenta a quantidade de produto absorvido.
  • A formulação granulada facilita o transporte, armazenagem e manuseio.
  • O produto é granulado, o resultado é líquido e certo.

  • Força e eficiência para quem só aceita o melhor.
  • A Tecnologia de Resultados da marca Roundup, aperfeiçoado em Roundup Transorb, é o mais eficiente herbicida para controle do mato que existe no mercado, graças à exclusiva tecnologia Transorb, que abre caminho pelas folhas das plantas daninhas e faz com que o produto chegue mais rápido e direto à raiz, sendo absorvido em minutos.

Consulte sempre um engenheiro agrônomo. Leia atentamenteo rótulo e a bula. Venda sob receituário agronômico.

As muitas vantagens do plantio direto

As muitas vantagens do plantio direto
24/09/2007
Fonte: FOLHA DE LONDRINA

O nome de Herbert Bartz é intimamente ligado a esse avanço na técnica de plantação

 

A técnica de plantio direto na palhada ainda não é adotada extensivamente no Brasil, embora implantada há 35 anos, mas vem se expandindo, inclusive em regiões que tinham limitada capacidade de produção. Essa prática dispensa a aração e exige práticas como a rotação de culturas, que é um dos pilares do sistema, pois boa parte do manejo do solo é feito com o aproveitamento da palhada da colheita anterior. O resíduo converte-se em nutriente natural, enriquecendo o solo e a rotação de culturas dá condicionamento físico à terra.

O grande introdutor do plantio direto foi Herbert Bartz, e sua fazenda Rhenania, em Rolândia, foi o marco do novo modelo agrícola. Esse alemão que passou dificuldades na Alemanha, viria para o Brasil e aqui se estabeleceria para implantar, no futuro, o que seria um sistema revolucionário na agricultura. Hoje, o nome de Herbert Bartz é sinônimo de plantio direto, e vice-versa, sendo impossível dissociar um do outro. Nestes tempos em que a preservação ambiental transforma-se numa política universal e vai cada vez mais conscientizando cidadãos e ganhando espaço também nos currículos escolares, a plantação direta sobre a palhada preserva a qualidade do solo agrícola e aumenta a produtividade. Os ganhos, portanto, são duplicados.

A técnica veio se desenvolvendo e hoje permite a integração lavoura-pecuária numa mesma propriedade. A região do cerrado do Brasil Central, castigada por um período sem chuva, limitava-se às safras de verão e sem diversificação de culturas, mas agora os produtores têm aproveitado o período de entresafra para plantar espécies resistentes à seca, como brachiaria, sorgo e azevém. A cultura que vem depois da gramínea tem um aumento de produtividade de 5% a 10%. Outra vantagem do plantio direto é a produção das pragas e plantas daninhas, e a renda no geral tem sido maior e com custo menor. O sistema permite maior absorção de água pelo solo, embora melhorias ainda devam ser feitas, para evitar a formação de enxurradas, pois o sistema visa especialmente evitar a erosão.

Neste País de tanta terra apta para a agricultura com reservas ainda não exploradas e outras dependendo de correções do solo para também produzirem abundantemente, essa prática revolucionária do plantio direto vem ao encontro da vocação ambiental, pela menor degradação do solo e o maior respeito à natureza.

O grande herói brasileiro dessa conquista é sem dúvida Herbert Bartz, que exalta o Brasil como o país que produz ""a comida mais barata do mundo"" e por isso é ""a mais competitiva"". Mas não deixa de criticar a política governamental para o campo, ressaltando que o produtor é muito eficiente e desempenha a sua função ""da porteira para dentro"", porém esbarrando lá fora com políticas inadequadas. ""Acredito que o Governo não tem consciência do pecado que comete por isso"", ele lamenta. Esse lamento é uníssono na classe produtora rural.

Especialista lança livro inédito sobre o sistema plantio direto no Cerrado

29/8/2007 - Especialista lança livro inédito sobre o sistema no Cerrado
Imprimir Enviar por e-mail Voltar para o índice
 


Agrônomo e consultor em Plantio Direto e em Integração Lavoura-Pecuária, com experiência de quase 30 anos no sistema, Márcio João Scaléa lança hoje (quarta-feira, 29 de agosto), às 21h, após a abertura do Simpósio sobre Plantio Direto na Palha – Gestão Sustentável do Agronegócio, que acontece no Bristol Vila Velha Hotel, em Ponta Grossa (PR), o livro Plantio Direto. O evento termina dia 31.

Com edição limitada (500 exemplares) patrocinada pela Monsanto, o livro, da Aldeia Norte Editora, traça um panorama deste sistema, que na safra 2005/2006 foi aplicado no cultivo de 25,5 milhões de hectares no País - com estimativa de utilização no Cerrado, na safra 2006 / 2007, de 10 milhões de hectares -, e aborda ainda a integração lavoura-pecuária via Sistema Plantio Direto. Traz ainda personagens conhecidos do Cerrado, como Nilo Bonamigo, Munefume Matsubara e Juarez Guterrez, todos, de acordo com o autor, de fundamental importância para a disseminação do PD no Cerrado.

Na ocasião, também será lançada a cartilha Integração Lavoura-Pecuária e Renovação de Pastagens em Plantio Direto, escrita, também por Márcio João Scaléa, sob a forma de cordel. Em rimas, ela explica, passo a passo, as razões, vantagens e procedimentos para se adotar a integração, terminando com algumas estrofes sobre Biotecnologia e seu efeito/ação na integração lavoura-pecuária. As ilustrações do Cordel Tecnológico, produzido pela Aldeia Norte Editora, foram produzidas com base em fotos feitas pelo próprio autor.



Capítulos trazem a visão de quem ajudou a desenvolver o PD



1 - Introdução - trata dos primeiros contatos que o autor teve com o plantio direto, algumas definições, barreiras iniciais para sua expansão e comentários sobre sua difusão.



2 - Avaliação do plantio direto frente a aspectos relevantes da cultura moderna - filosófico/ambiental, histórico, econômicos.



3 - Fundamentos do plantio direto – o autor comenta os fundamentos do sistema, como eliminação do preparo do solo, uso de herbicidas, cobertura morta, plantadeiras e rotação de culturas.



4 - Fundamentos do plantio direto reavaliados à luz dos conhecimentos de 2003 - preparo de solo, uso de herbicidas, cobertura morta, plantadeiras e rotação de culturas.



5 - Integração lavoura/pecuária - Introdução, com análise das razões para que seja adotada, os tipos de integração etc.



6 - Caminhos e histórias do plantio direto – o autor relata sua participação e envolvimento com a evolução do sistema no Brasil, de 1980 a 2005, assim divididos: O PD engatinhando (1980-1986), o PD começando a andar (1987-1993), a explosão do PD e o engatinhar da integração lavoura-pecuária (1994-1998), o PD na renovação de pastagens (1999-2002), o PD no Cerrado: Novas Fronteiras (2003-2005).



7- Apêndice - o solo e a erosão, uma pequena crônica sobre um pretenso diálogo entre ambos.



Sobre o autor



- Consultor Especialista em Plantio Direto e em Integração Lavoura/Pecuária (atual).

- Representante de Desenvolvimento de Produtos e Mercados, gerente de Desenvolvimento de Mercados e gerente técnico de Plantio Direto da Monsanto do Brasil Ltda., atuando em todo o Cerrado (1980/2006).

- Gerente de Campo, Fazenda Itamarati Sul, Ponta Porã (MS), gerenciando 25 mil ha de lavouras de soja, milho, arroz, trigo e aveia (1975/1979).

- Representante técnico de vendas da Monsanto do Brasil Ltda., Maringá (PR) (1973/1975).

- Representante técnico de vendas da Hércules do Brasil Ltda., Londrina (PR) (1972/1973).

- Coordenador-técnico em várias empresas de Aviação Agrícola, com trabalhos em banana, soja, algodão, pastagens, trigo, milho, arroz e reflorestamento (1969/1972).





Outras informações

CDI – Casa da Imprensa
Cláudia Santos / Cássia Brosque
(11) 3817-7925 / 7923

Notícia Folha de Londrina

Olá!


Seu(sua) amigo(a), Alberto Grisolia (algrisolia@gmail.com), estava lendo as notícias na Folha de Londrina e achou uma matéria que pode lhe interessar.

Para visualizar a matéria indicada, clique no link abaixo, ou copie e cole o endereço no seu navegador:


Sistema é usado para integração lavoura-pecuária

http://www.bonde.com.br/folha/folhad.php?id=14522&dt=20070915

E também, incluiu o seguinte comentário para você:

Sistema é usado para integração lavoura-pecuária
Curitiba - Cada vez mais, o sistema de plantio direto vem sendo utilizado na integração entre lavoura e pecuária em uma mesma propriedade. A técnica, já aplicada há anos no Sul do País, vem se expandindo para áreas que sofrem com meses de seca durante o ano, possibilitando o fim da ociosidade da terra nesses períodos.


IP: 200.82.241.129 - HTTP_USER_AGENT [Mozilla/4.0 (compatible; MSIE 6.0; Windows NT 5.1; SV1; .NET CLR 1.1.4322; InfoPath.1)]


Atenciosamente,

Equipe Bonde - contato@bonde.com.br

http://www.bonde.com.br